" Tudo o que vai volta, mas nem tudo o que volta encontra o que deixou."
Estou super zangada. Irritada, revoltada para lá do imaginável. Quando terminei a relação com o Menino ele deixou de me falar. Completamente, passei de 80 a 0 ( notem que éramos melhores amigos). Ignorava-me quando passava por mim, respondia-me torto quando eu tentava iniciar a conversa. Foram momentos negros, que ao fim de contas, magoavam.
No sábado fui a uma festa e ele estava lá. Foi estranho, e houve vários momentos constrangedores. No fim ele pediu para falar comigo, e estivemos muito tempo juntos - eu sentia saudades dele, é difícil de explicar. Quando me vinha embora ele abraçou-me, com tudo o que tinha, a saudade, a mágoa, a tristeza, a desilusão, a raiva...
Eu pensei que íamos entrar num novo caminho, e tal se verificou.
Porém mal eu chegava a casa ele mandava mensagem pelo facebook ou pelo viber. Estava nas aulas e recebia mensagens dele. Eu não tenho tempo para responder a tudo, simplesmente não tenho ! Entre a praxe, os ensaios do grupo, o ginásio, estudar para o código e tentar manter-me equiparada na matéria leccionada fico exausta. Ainda por cima ele é de uma rede diferente da minha, logo só lhe podia responder quando tivesse internet.
Como podem ver, eu não fui a pessoa mais faladora, portanto ele publicou um poema, bastante acusador para mim.
Mal o li todos os meus cabelos saltaram, as minhas pupilas dilataram e eu fiquei nervosa. Sim, nervosa numa segunda feira de manhã, devido a um poema.
Como tal, deixei-lhe logo uma mensagem no Facebook. Mas já não sei o que fazer.
Que berbicacho ! Como acham que devo proceder?
"See, some guys prefer asses. Some prefer tits. And I’m not saying that I don’t like those bits. But what’s more important, what supersedes, for me, is a girl a with passion, wit and dreams. So I want a girl who reads."
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Era de noite. Tinha levado calções pretos. Curtos. Camisa branca, longa. Tinha esticado o cabelo, aplicado rimel, passado o batom. Calcei as sapatilhas e enfiei o casaco preto na mala.
Durante 3 semanas, esta noite brincava com a minha imaginação. Ia estar contigo. Tentei não fazer planos, tentei não criar expectativas. Tentei, sendo esta a palavra chave. Eu tentei com muita força.
A viagem de carro pareceu durar horas, é giro como o tempo passa devagar, tão devagar quando estamos ansiosas. Fui o caminho todo a mentalizar-me que eras tu. A mesma pessoa com que tinha infinitas conversas, todos os dias. O que poderia correr mal? Tanta coisa me pass
ou pela cabeça perante esta pergunta.
Quando chegamos, vi-te logo. Camisa branca, calças de ganga, sapatos brancos. Cabelo no ar. Brinco na orelha. Sorriso espetado. Vieste cumprimentar a minha boleia, aperto de mão forte. Abraçaste a filha. Dois beijinhos para mim. Dei por mim a pensar que a parte mais estranha tinha passado.
Enquanto esperávamos por o resto do grupo fomos fazendo conversa, um olhar ali, um sorriso aqui. Entramos no restaurante, ficaste perto, mas mesmo assim longe. Foi o jantar mais longo de sempre. Deu-me demasiado tempo. Demasiado tempo para pensar é perigoso. Extremamente, irremediavelmente perigoso.
No fim do jantar, inicio da noite, lá fomos nós. O grupo, a subir a avenida. Gostei de te sentir perto, ao lado, a falar, a rir, a brincar.
Enquanto subíamos, seguiam-nos uma multidão de desconhecidos, indiferentes ao nosso ritmo, ignorantes aos olhares. Vimos o espectáculo de luzes, ouvimos a música, mas de repente, como quando o inverno passa a primavera, a multidão multiplicou-se, e nós tínhamos de sair dali. Comecei a andar e estiquei a mão, esperando que alguém a agarrasse e me seguisse para fora do matadouro. E alguém agarrou, um toque quente e calmo, forte e confiante, e antes de olhar eu já sabia que era a tua, e mesmo assim, ao olhar, o meu coração saltou um batimento.
Estavas tão perto, eu sentia a tua pulsação, cheirava o teu perfume e sentia a tua presença. Sentia-me bastante segura. Até tu a largares. Tínhamos chegado ao concerto. E foi assim a noite, quando andávamos pela multidão, tu esticavas a mão, e eu segurava. Fomos dar umas voltas, buscar um amigo teu, o que nos deu uns bons 15 minutos de conversa, sentados bem perto.
Digo isto, estava a morrer de frio, e após a quarta vez , aceitei a tua oferta e vesti o teu casaco. O cheiro intensificou, o calor aumentou e com ele subiu também a minha felicidade.
Depois do concerto, quando nos sentamos na berma do passeio, puseste o braço nos meus ombros e eu aprendi que os nossos corpos se completavam bastante bem, a minha cabeça caía bem nos teu ombros, e o teu braço encaixava bem comigo.
E quando só ficamos três, eu, tu e o teu amigo, o frio se intensificou e tu te chegaste mais perto eu agradeci aos anjinhos do tempo, que desceram as temperaturas e te trouxeram para mais perto.
Só posso dizer que nessa noite, fui de sorriso para a cama. Extasiada com emoções. E esperando com todo o meu ser, para não estragar isto tudo.
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